Eu tento escrever, mas me faltam palavras. Me dá vontade de cantar, mas como cantar se não há letra nem música/melodia?
O trabalho árduo de rimar e metrificar (e não pode ser rima pobre)
Quero falar sobre a vontade de amar, exilado em terra estranha
Talvez uma intertextualidade com “minha terra tem mais vida"
Sobre a facilidade de se inspirar em uma cidade fria
Mas principalmente o amor, aquela saudade de amar
Onde está você? Aquela que razão me dá pra sonhar
Aquela que me faz querer ser melhor
O sentimento que me faz escrever, ou querer escrever
A vontade de desbravar os quatro cantos do mundo, mas começando com os quatro cantos da nossa cidade.
Se poesia é 90% transpiração e só 10% inspiração, eu me inspiro aqui e procrastino a transpiração.
Rimar fica pra amanhã.
Adendo:
30, 60, 90, 120 dias depois, divididos no cartão
Cá estou eu rimando de coração
Na cidade fria que hoje faz calor
Temo ainda mais o calor da cidade pela qual tenho amor.
Mas sem rimas baratas, por favor
Já basta a comida barata e a ausência de trem a vapor
Pra terra que eu amo, que tenho saudades.
Mas agora eu tenho o amor, meu, por mim e por Deus
Sem lamentação, deixa com Jeremias esse trabalho (por que não?)
Agora volto a falar da cidade, a cidade que eu amo
Que ficará na lembrança, uma vez por ano
Duas, se tiver sorte, três quando muito, por engano.
E eu retorno a esse blog falando asneiras
As besteiras de sempre, com aquele sentimento.
É Natal. Ou quase.
(Texto escrito em dois tempos)
Fabiano Aguilar Corrêa