segunda-feira, 1 de maio de 2017

Sozinho

Saudade
Dos dias de frio
De fria contemplação
Da depressão
Do solo caminhar
Da dificuldade de respirar
Num sono constante
Sozinho

F.A.C.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Foca

Foca no que importa
A vontade da cruz
Brilhou como luz
Na minha vida porca.

Fabiano Aguilar Correa

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Poemas para reflexão

Não, não estou de volta. Mas queria postar esses poemas em algum lugar (e o Facebook não parece gostar muito de poemas).


Estava na Biblioteca Pública do Paraná procurando por livros de poesia do Paulo Leminski (eles são realmente escassos hoje em dia), quando decidi pegar qualquer outro livro de poesia de autor brasileiro aleatoriamente, e assim me deparei com esse livro. Marinheiro no tempo e Construção no caos de Fernando Mendes Vieira. e desse livro eu quero deixar duas poesias. A primeira fala sobre o mar e a praia no contexto da poesia (tema constante nos textos de Vieira), e a segunda sobre a infância. 

PS: procure no Google o que é pandorga e entenda o poema ;)



PALAVRAS NA AREIA DA PRAIA
Fernando Mendes Vianna

O mar vem de tão longe!

Sua fúria
cansada chega.
Sua voz,
velada.

Assim o poema
— espuma.

A palavra é praia,
limite fatal.

Só no alto mar
a poesia vive.



A PANDORGA
Fernando Mendes Vianna

Esqueleto de pandorga
nos fios da vida...
Ah, mortífera rêde prática,
suspensa sôbre a infância!
A rêde das utilidades
(tão inútil ante o silêncio)
aprisiona o lirismo.
O poema tenta a fuga,
pandorga ressuscitada.

sábado, 16 de novembro de 2013

Balbuciando

Eu tento escrever, mas me faltam palavras. Me dá vontade de cantar, mas como cantar se não há letra nem música/melodia?
O trabalho árduo de rimar e metrificar (e não pode ser rima pobre)


Quero falar sobre a vontade de amar, exilado em terra estranha
Talvez uma intertextualidade com “minha terra tem mais vida"
Sobre a facilidade de se inspirar em uma cidade fria
Mas principalmente o amor, aquela saudade de amar
Onde está você? Aquela que razão me dá pra sonhar
Aquela que me faz querer ser melhor
O sentimento que me faz escrever, ou querer escrever
A vontade de desbravar os quatro cantos do mundo, mas começando com os quatro cantos da nossa cidade.
Se poesia é 90% transpiração e só 10% inspiração, eu me inspiro aqui e procrastino a transpiração.
Rimar fica pra amanhã.

Adendo:
30, 60, 90, 120 dias depois, divididos no cartão
Cá estou eu rimando de coração
Na cidade fria que hoje faz calor
Temo ainda mais o calor da cidade pela qual tenho amor.
Mas sem rimas baratas, por favor
Já basta a comida barata e a ausência de trem a vapor
Pra terra que eu amo, que tenho saudades.
Mas agora eu tenho o amor, meu, por mim e por Deus
Sem lamentação, deixa com Jeremias esse trabalho (por que não?)
Agora volto a falar da cidade, a cidade que eu amo
Que ficará na lembrança, uma vez por ano
Duas, se tiver sorte, três quando muito, por engano.

E eu retorno a esse blog falando asneiras
As besteiras de sempre, com aquele sentimento.

É Natal. Ou quase.



(Texto escrito em dois tempos)

Fabiano Aguilar Corrêa

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A #rede de Marina


Não é à toa que a ex-senadora Marina Silva aparece nas pesquisas de opinião como uma possível adversária direta da presidente Dilma na eleição de 2014, podendo chegar ao segundo turno e até vencer. Ao se recusar a prosseguir no jogo partidário que estava montado em 2010, mesmo após ter recebido quase 20 milhões de votos na eleição presidencial, ela estava antevendo este movimento autônomo das ruas que rejeita as formas tradicionais de fazer política que dominam até mesmo o Partido Verde, que ela tentou levar para o caminho original e não conseguiu.

Também não foi um acaso ela chamar seu novo partido de Rede, foi por estar conectada com essa nova onda de movimentos sociais em rede, que o sociólogo Manuel Castells, talvez o maior estudioso desse fenômeno, chama de autocomunicação de massas, "plataforma tecnológica da cultura da autonomia". Em seu novo livro, "Redes de indignação e esperança", lançado no Brasil pela Zahar, Castells diz que, a partir dessa autonomia, as críticas e os sonhos do movimento se estendem à maior parte da sociedade.

Marina não pretende que seu partido domine os movimentos sociais, nem ser a representante desses movimentos no poder. Ela quer tentar mudar a maneira de fazer política em busca de um projeto de país, e não de poder, e para tanto espera refletir na realidade política brasileira os anseios desses movimentos sociais que estão nas ruas.

Ela não acredita que somente com a fisiologia se consiga montar uma base partidária de apoio ao governo e, confrontada com a realidade política do país, fala em uma "imprevisibilidade positiva", a esperar que o novo Congresso a ser eleito em 2014 também reflita os anseios desta nova sociedade que surgiu e mostrou-se nas ruas nos últimos dias.

Sem querer se dar ares de pitonisa, ela diz que já havia aventado a hipótese de que esses movimentos ocorreriam no Brasil, a exemplo do que ocorre no mundo, e está feliz que tenha começado a montar sua Rede bem antes de esses movimentos se materializarem, "porque poderia parecer oportunismo". Mas está se defrontando com a burocracia, com realidades políticas que talvez a impeçam de concretizar seu partido. Ela esclarece que o movimento de apresentar o pedido de inscrição da Rede ao TSE mesmo sem o número mínimo de assinaturas validadas pela Justiça Eleitoral é só um modo de chamar a atenção para as dificuldades burocráticas que vem encontrando, não um pedido de privilégios.

Os organizadores da Rede dizem que vários cartórios estão levando mais de 15 dias, prazo estipulado pela lei, para analisar as assinaturas. E milhares delas são rejeitadas sem explicações oficiais. Há também uma dificuldade para comparar assinaturas com as folhas de votação na última eleição, pois muitos jovens e idosos apoiam o novo partido, mas não votaram. Os cartórios simplesmente estão invalidando essas assinaturas. O Rede quer que essas assinaturas impugnadas sejam divulgadas e, se não houver contestação do eleitor envolvido, sejam aprovadas, como determina a lei.

Marina se recusa a discutir um plano B, pois entende que, como seu novo partido não existe apenas no papel, e não foi criado para ganhar espaço no Ministério do governo atual, mas é fruto da mobilização de cidadãos, o TSE dará a aprovação para o funcionamento.

Castells, na parte do livro sobre as manifestações de junho no Brasil, diz que "Marina é a exceção entre os políticos", está conectada aos novos anseios da população. Para ele, "os movimentos sociais em rede vão continuar a lutar, debater, evoluir e, por fim, a se dissolver em suas atuais condições de existência, como aconteceu com todos os movimentos sociais na História".

Mesmo no caso improvável de se transformarem num ator político, num partido ou em alguma forma nova de agência, deixarão, por isso mesmo, de existir, analisa Castells, para quem "é muito cedo para avaliarmos o resultado final desses movimentos, embora já possamos dizer que regimes mudaram, instituições foram desafiadas, e a crença no capitalismo financeiro global triunfante foi abalada, possivelmente de maneira irreversível, na mente da maioria das pessoas".

Nesse mundo novo que as gerações mais jovens veem como seu, "o que é irreversível no Brasil e no mundo é o empoderamento dos cidadãos, sua autonomia comunicativa e a consciência dos jovens de que tudo o que sabemos do futuro é que eles o farão. Mobilizados". É essa nova forma de atuar na política que Marina persegue.

Fonte: O Globo

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Fim de ano...

...época de tirar o pó do blog. Mas só uma espanada rápida.

De vez em quando eu gosto de fuçar em coisas do meu passado, e, remexendo nas memórias da mente, encontrei um cantor que marcou meus 13-14 anos: Alex Kaneko.


Eu sei, eu sei, ninguém conhece. Eu mesmo só conheci quando uma amiga que eu conheci no Hopi Hari me enviou o vídeo do cara cantando. Resumindo, é um japa americano que canta suas próprias músicas com um violãozinho e põe no YouTube. Precisa mais do que isso?


Enfim, deixo vocês com uma música que eu curto pra caramba (é às vezes - por que não? - me identifico), chamada As You Bring Tomorrow. Boa música pra vocês!





If I'm sure about the way I feel 
If I know its true and I know its real 
and 
If I could finally put this down in words 
I wonder what it'll mean for you 
but for the first time 
with you in mind 
I feel like this could be the masterpiece 
that I told myself I'll some day write 
if I could let my mind 
just keep you in sight 

so let me dream this way 

for another breath or two 
and feel your touch behind my eyes 
'til the dawn breaks in your arms 
if I said "please don't leave" 
would you stay for the day? 
if only in my mind 
cuz today 
you're a tone of the phone away 

if you changed me 

if you took me and you made me someone 
I can love 
and when I feel old 
and when it feels cold when you're not around 
well I'm wondering what it means 
but for the first time 
with you in mind 
I feel like this could be the masterpiece 
that I told myself I'll someday write 
if I could let my mind 
just keep you in sight 

so let me dream this way 

for another breath or two 
and feel your touch behind my eyes 
'til the dawn breaks in your arms 
if I said "please don't leave" 
would you stay for the day? 
if only in my mind

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Só passando pra dar oi...

... e dizer que eu estou no Facebook: http://fb.com/FabianoAguilarCorrea

no Twitter: http://twitter.com/FabianoAguilar

e no Tumblr! http://fabianoaguilar.tumblr.com

E ah! Eu tenho aquele lance de perguntas também! http://ask.fm/FabianoAguilar

Na medida do possível, quando eu voltar a escrever, eu volto aqui! Esse blog marcou a minha juventude, e espero não abandoná-lo por muito tempo...

Fui õ/

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Promessas para 2012 #1: Aprender a cozinhar

Iniciando uma série de posts sobre as promessas que eu pretendo cumprir no ano de 2012!

Imagem meramente ilustrativa. Não sou japonês, não sei fazer arroz
e muito menos sei comer com rashi.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Carrapatos

Você já viu um cavalo com carrapatos? Daqueles grandões? Imagina um monte desses num corpo humano.

A pessoa repleta de pecados tem seu espírito como que repleto de carrapatos de cavalo (e eu não tô falando metaforicamente não!). Eles podem não fazer mal ao seu corpo (e por vezes eles fazem, porque o corpo, a alma e o espírito estão interligados), mas fazem mal, e muito, ao seu espírito! 


Mas só o sangue de Jesus, que foi derramado na cruz há quase 2000 anos atrás, é que pode limpar o nosso espírito. Só ele é que pode nos deixar mais alvos que a branca neve, mais puros que a mais límpida água!

#thinkabout

Solidão


Quantas vezes nos sentimos sozinhos, mesmo cercados de pessoas ao nosso redor? Quantas vezes nos sentimos incompreendidos, mesmo os outros dizendo que nos entendem? Quantas vezes nos sentimos inúteis, mesmo tendo várias habilidades e nenhuma deficiência? Quantas vezes nos sentimos tristes, mesmo não tendo nenhum motivo aparente pra isso?


Quantas vezes calamos o nosso eu que quer gritar, se mostrar para o mundo lá fora? Quantas vezes escondemos o nosso verdadeiro eu, aquele que ninguém enxerga mas que revela quem somos de verdade? Quem sabe somos meninos num corpo de adulto, ou adultos no corpo de uma criança? Tímidos numa expressão extrovertida, ou extrovertidos numa expressão quieta?


Será que se parecêssemos exatamente como somos por dentro, seria mais fácil? Não sei. Fica o desafio, mostrar quem você realmente é, independente de quem você parece ser. Encontrar pessoas que parecem com você por dentro, e não simplesmente por fora.

Honestidade, sem hipocrisia.